A historia que segue, conta como Rulrick Rumnaheim foi convocado para se tornar Paladino
Senti um calafrio tomando conta de todo meu corpo, parei e respirei, e compreendi que não era um mal-estar, mas que algo tomova conta de mim.
De repente a porta de minha casa abre lentamente e sinto uma presença de alguem que me fazia muito bem, não compreendi muito bem na hora, mas a unica certeza que eu tinha é que eu deveria ir.
Pra onde?
"Não sei"
Com quem?
"Não fazia ideia"
Mas eu confiava em tudo que estava acontecendo. E quando menos percebi já me encontrava no meio da floresta fria e silenciosa, a lua brilhava tanto que parecia que eu estava nas festas com fogos mágicos do Mago Merlom. Me encontrava em um circulo de arvores, senti que já tinha passado por ali.
"Conheço esse local."
Não me recordava, mas sabia que já fui muito feliz naquela região.
E em um piscar de olhos, estou sentado na ponta de uma mesa de jantar, trajado das melhores roupas, ao meu redor uma donzela maravilhosamente perfeita com trançados em seus cabelos, seus movimentos delicados, suavemente pega em minhas mãos calejadas e diz:
"Tudo ficará bem, meu amor!!!".
Do meu lado direito estava um casal jovem com olhares de quem confiavam em mim. Porem, o mais estranho é que juntos disseram:
"Estamos com você pai!!!".
Confuso levanto da mesa e me viro e deparo com uma cidade pegando fogo e muitos mortos e feridos espalhados por toda a parte. Tento voltar e ver a donzela e seus filhos se estão bem, mas não, eles estavam caídos e mortos.
Senti uma dor indescritivel, mesmo sem saber quem eram e se realmente faziam parte de minha vida. Corri entre as casas desesperado e via somente destruição, percebi que alguem muito poderoso passou ali e deixou sua marca maligna.
"Socorro, socorrooo, socorroo!!!"
E ouço um pedido de ajuda, dentro de uma das casas, entro e vejo uma criança com suas orelhas pontudas e cabelos louros lisos como seda, a mesma estava desfalecendo.
Ponho minhas mãos em cima de seus ferimentos para impedir que seu sangue não mais saia. Mas ao invez disso sinto em mim uma força divina, uma energia que nunca senti antes, as feridas daquela criança fechava e seu sangue voltava lentamente para dentro de seu corpo.
Não acreditava naquilo tudo que estava acontecendo.
"Minhas mãos fazia aquilo?"
"Estava eu curando aquela criança?"
Com seu rostinho corado novamente, ela riu para me e simplesmente pula em meus braços e me abraça com uma gratidão que eu não merecia.
Devido a tudo aquilo que acontecia, caí de joelhos com os olhos cheios d'água.
"Mas que força é essa que vem e destroi tudo e todos, não poupando nem crianças?"
"O que eu podia fazer?"
Me perguntava!!!
Mas de repente sinto uma mão em meus ombros, e nesse toque sinto a paz novamente, uma paz que não sentia a tanto tempo.
Me viro e deparo com uma mulher, seu corpo brilhava e iluminava todo o ambiente, que antes havia somente escuridão, seus cabelos longos e vermelhos flutuavam parecendo chamas vivas, em sua mão direito ela segurava uma espada que pegava fogo, havia em sua lamina escritas, uma lingua desconhecida.
Sofrimento não havia mais ali!!! Me senti seguro na presença daquele ser divino.
"Rulrick Rumnahreim, filho de Galim Runaheim, irmão de meu servo fiel Faur Rumnaheim."
Ajoelhado e com a cabeça baixa em respeito a divindade em minha frente, perguntei:
"Quem é? Minha senhora."
"Sou Haela, protetora dos anões, sou a Senhora da rixa, uma Dama da sorte. Sou aquela que te escolhi para ser meu servo, um servo que tem o prazer de batalhar contra inimigos sem excrupulos."
"Pequeno anão senti grande medo em seu coração, mas veio acompanhado de desejo de justiça, caracteristica essa que preciso em meus servos."
De repente a Senhora Haela, toca em meu rosto e diz:
"Te escolhi Jovem Anão, e apartir de hoje te concedo a benção nas batalhas duras que você enfrentará, estarei sempre ao seu lado. Meu servo Faur honroso que lutou contra toda a maldade desse mundo, me trouxe grande alegria, e tenho a certeza que você tambem trará."
Acordei deitado em minha cama, e percebi que não era um simples sonho, mas sim o que eu deveria fazer, naquele momento tudo fazia sentido, descobri qual seria o proposito da minha vida.
Mas algo me intrigou...
"O que aconteceu com Faur?"
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