A chegada a Greenest fora muito diferente do que todos membros da caravana imaginaram. Em um instante toda a paz que a estrada segura fornecera se transformou em caos e terror. A pequena vila famosa por fornecer aconchego aos viajantes ardia em chamas. Em suas ruas camponeses corriam e gritavam desesperados enquanto lutavam por suas vidas, e pela vida de suas famílias. Criaturas horríveis, guerreiros mercenários, e cultistas invadiam as casas e matavam todos aqueles que estivessem a seu caminho.
Uma majestosa e aterrorizante sombra azulada cortava graciosamente os céus, despejando sobre as casas ao redor do forte poderosos raios de destruição. As escamas já prateadas pelo tempo do grande dragão azul, denunciavam sua idade avançada e remetiam pânico até os mais bravos guerreiros. Se a vontade da besta fosse o fim, assim o seria.
Com as ruas perdidas, o forte abrigava e oferecia segurança diante aos inimigos menores. Lá dentro, em um pequeno salão de pedra gastas, repleto de pessoas feridas, foi onde Fhaur, Belrash e Gaara iniciaram uma amizade e embarcaram na jornada épica que um dia seria conhecida como o Tesouro da Rainha Dragão
Repentinamente poderosas batidas no portão romperam o silêncio daqueles que velavam os mortos. A sombra com cerca de dois metros era na verdade o Meio-dragão azul comandante das tropas invasoras, Langdedrosa Cyanwrath. Junto com ele e seu exercito de kobolds estavam os quatro reféns até então desaparecidos.
“Defensores de Ninho Verde! Esta tem sido uma noite bem-sucedida, e estou me sentindo generoso. Vocês estão vendo estes quatro prisioneiros inúteis e deploráveis? Nós não precisamos deles, então vou trocá-los com vocês. Mande seu melhor guerreiro para lutar comigo, e vocês poderão ter estes quatro de volta.”
Fhaur, Belrash e Shin Wan se olharam atentamente. Eles sabiam em seu amago oque significava aceitar o desafio. Por mais que seus esforços tivessem sido bem sucedidos até então, esse não era um desafio que poderiam vencer.
O novo silêncio inquietante foi violentado quando um dos soldados decidiu aceitar o desafio. O homem magrelo pegou sua espada e foi até os portões, sua expressão era pálida, como a de alguém que vira um fantasma, ou no caso, viria a se tornar um.
O coração de Fhaur se aquietou e sua respiração ofegante foi se suavizando aos poucos. O chamado nunca lhe estivera tão claro. Todos os caminhos que percorrera haviam lhe guiado para aquele momento especifico. Salvar aquelas pessoas era seu verdadeiro propósito e nada mais importava, nem mesmo o desfecho do combate. Aquela luta era sua e de ninguém mais.
O paladino de Clanggedin imbuído de uma coragem feroz se apresentou diante a Langdedrosa. E com o trocar de algumas poucas palavras, ambos mergulharam em um duelo fatal.
Fhaur protegido com a luz sagrada de Clanggedin desviou graciosamente de muitos dos golpes do meio-dragão. Ele não era qualquer anão, e não cairia diante a seu adversário sem dar o melhor que podia. Seu poderoso martelo girava graciosamente no ar, acertando violentamente o inimigo que antes lhe subestimava.
Do forte seu nome ecoava em brados de esperança. Fhaur que nunca vivera nada igual e nunca se sentira tão importante, mergulhou subitamente em uma paz profunda quando finalmente foi atingido por uma estocada fatal.
Morrera honrosamente em combate, lutando pelo que acreditava, o filho de Clanggedin, paladino da cidadela de Adbar..
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